quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Como eu (te)quero.


E tanto do nosso presente é passado, que tantas vidas vivo ao mesmo tempo. O relógio mostra-me sempre o tempo errado. Tantas vezes é mais tarde do que supomos. Outras é mais cedo do que pensamos. Agarro-me às lembranças, à tua presença. Vivo sem saber quantas vidas levas em ti, quantas realmente são passado e quantas são presente.

Serei presente?Futuro, espero.

Não te conheço tal como és. Não poderia.Mas continuo a querer-te. Longe, ou perto.É tudo relativo. Da dor, essa sim, quero distância. Continuo a ver-te pela minha tela, pelo meu filtro.És só beleza.Guardo-te, como eu quero, com carinho. Tu levas contigo a luz do sol.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008


"Hoje eu ouço as canções que você fez p'ra mim

Não sei porque razão tudo mudou assim

Ficaram as canções e você não ficou."


Em "As canções que você fez pra mim" (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

sexta-feira, novembro 02, 2007

Amor


Procurei por amor no google. Apareceram canecas vermelhas, cartas, grafittis na parede, camas, flores, barcos, portas, janelas, mesas, velas. As imagens multiplicam-se.

Somos mesmo humanos. Que tendência a nossa a de materializar tudo.

O amor devia ser personificado. Desumano então.

Eu só quero guardar a imagem da nossa cumplicidade. A essência e não o frasco do teu perfume.

O vidro, o plástico, o tecido, a folha, a madeira não te representam, amor, nem poderiam. Jamais.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Conforto


Enches-me de abraços apertados que não sufocam. De carinhos de que não consigo ficar farta.
Trazes nas mãos recados que recordo sem precisares sequer de falar.
O teu amor é prático e não platónico.
É o de todos os dias.
És o lençol macio e lavado de fresco em que me deito, és a vela que arde e aquece o ar, és o jantar que preparas, és a conversa e o ouvido, és a compreensão e a repreensão.
És conforto.