sábado, fevereiro 04, 2006

Margem do rio


Rio-me neste rio de gente falsa mas também de gente pura na sua margem - como as pétalas de uma rosa com um gota de orvalho que "chora" nela. Congratulo-me com as "pequenas" que são grandes vitórias - que são minhas. Não quero dar até um ponto, gostar até um ponto. Quero um amor desmedido, sem barreiras nem limites visíveis, sem medos - porque o medo é o nosso pior inimigo e amigos há poucos e bastam. Conhecidos há muitos e sobram. E a vida é bela pelos abraços sentidos, pelos beijos sinceros, pelos sorrisos rasgados, pelas mãos que se agarram e não se querem soltar e não se soltam. Não importa o vento que sopra e é ruidoso, não importam as razões - terceiras - que nada são razoáveis. Quem ama vive, mesmo que se seja só. Mesmo longe, mesmo perto. Triste de quem não sabe ver noutro coração o que o faz bater, o que o enche de sangue - vida. Triste porque não tem coração.

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