quinta-feira, abril 13, 2006

(h)À pressa


Sorris e engoles o café à pressa, ajeitas o cabelo. Falas da economia, do último topo de gama que saiu da BMW, da instabilidade dos mercados, do trânsito que te angustia quando guias o teu carro. Fumas um cigarro e tomas os meus lábios. Cheiro o teu pescoço e não quero ir embora. Uma lágrima cai e tu não choras porque não me queres ver chorar. Os carros atropelam-se como dizias, passa por mim um BMW, penso no meu futuro e no mercado de trabalho que é instável e que as minhas economias têem que servir para termos uma boa vida. Engulo o café à pressa com pressa de te ver e cheiro o meu cabelo que beijou o teu pescoço e saio.

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