quarta-feira, dezembro 14, 2005

Fugir


Vamos fugir para outro lugar, onde o amor nos beije com calma e sem medos. Para onde a vida nos ajude a levitar do chão que nos consome. Onde o ar não sufoca. Vamos comer maças sem veneno e plantar flores no caminho Viajar pelo tempo como se o amanhã fosse eterno e o destino jamais nos pudesse vencer.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Animal do amor


Vi na alegria dos teus olhos a alegria que se escondia nos meus. Agora sou mais feliz mesmo que nunca mais me veja nesse teu sorriso de portas e janelas abertas para deixar entrar o sol - a vida? De nada me arrependo porque era inevitável beijar essa boca de diospiro pouco maduro, afagar esse peito de noites de lua cheia. Deixaste nas músicas o teu gosto - de amor – e tão selvagem que és. Animal o que vivemos, mas ainda bem que nunca pretendemos ser humanos. Sei exactamente o porque de te escrever – estás em quase todas as palavras, inseres-te em cada contexto mais absurdo e mais especial que às vezes quero e nem sei como te contar a toda a gente. Mas também nunca te quis partilhar com ninguém, não ía ser agora. Agora não, agora não me permito deixar de te lembrar – vives em mim- basta pensar(viver).

Peso pesado do que não é dito...


Ninguém sabe mas eu sei que o meu amor é desesperado. Muita gente não sabe viver desesperado porque pensa que o tempo é eterno. Será que não sabem que as “palavras que nunca te direi” são palavras que se deviam dizer antes de nunca mais poderem ser ditas? O momento do juízo final não tarda chega aí e teremos que prestar contas –e se as pagarmos agora? Agora é o momento, mesmo sem "juízo". Juízos de valor é o que há mais. Críticas igualmente. Pesos pesados que carregamos porque os outros nos pesam e nós pesamos aos outros. Sempre cíclica a nossa vida. Tropeçamos nos nossos elos e voltamos a tropeçar neles e por vezes a tentar cortá-los pensando que assim é melhor, que assim é mais fácil, que assim rompemos amarras do passado. O passado vive connosco no presente e viverá no futuro próximo ou longínquo a não ser que nos tornemos amnésicos inesperadamente – nunca deliberadamente. Não nos enganemos a nós próprios e aos outros porque a vida tem truques e armadilhas – acho - para comprovar se somos ou não persistentes e confiantes na “hora” de perseguir os nossos sonhos. Não me levem a mal, afinal é Natal...

Na volta...nunca saímos "daqui".


Andamos todos em círculos e dizem-nos que para a frente é que é o caminho.Fazemos escalada e nunca saímos "deste" chão. Criamos partidas quando somos os principais apanhados. Será que conseguem contar as vezes em que viajaram pelo tempo quando só passaram segundos ("neste" mesmo relógio)? Na volta, nunca saímos de onde estamos. Deja vú - we are almost famous.