quarta-feira, janeiro 25, 2006

Blame it on the moon...


A noite é sempre longa, mas ainda há lua. Ainda vejo as estrelas no céu a brilhar - também para mim. O sol quando nasce de manhã também me beija e a terra continua a girar sobre os meus pés, que jamais te alcançam e sob os meus joelhos que não se arrastam porque ainda sei quem sou, mesmo que já não veja em ti aquele que me ama e me protege-das noites em que não se vêem as estrelas e o luar se esconde por entre as nuvens que passam.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Morta


Como a natureza neste Inverno gélido, assim me sinto. Nem o sol, que aos poucos me tenta aquecer (como à relva que cresce pela manhã) me apazigua. Anjo mau que te pareco - tristeza da saudade que me invade, de quem eu era quando os teus braços me rodeavam. O mundo inteiro sabe-me ao vazio que guardo no meu peito e nada mais há que dizer, se eu amanheco sem palavras e me deito com o soluçar da vida que custa viver - sem ti. Morta de tanta lágrima que insiste em cair e não cai em ti. Cai e não me seguras e eu não tenho mãos que te sosseguem agora - e desespero ao esperar por ti, porque não sei se vens. Letras que escrevo sem magia, porque não te encanto.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Espero-te


É tão difícil. Quando a lucidez se torna insuportável, quando a realidade nos arrasa, o tempo bate devagar. Amanheco e não consigo distrair a saudade. Espero-te sem te pedir que venhas, porque não sei se vens. E é mais um dia. Menos um do teu lado.

domingo, janeiro 01, 2006

Brinde à saudade!


A tua vida passou pelo meu corpo a correr,
com pressa de partir logo à chegada.
Agora a minha mente
frágil por ser inconsequente,
outrora amada e quente,
reclama a tua ausência forçada.
Oh saudade anunciada,
deverias ser reagendada,
para outra altura qualquer.